sexta-feira, 1 de julho de 2011

A Casa da Chica Bilota

Não é fácil escrever um texto, quanto mais se aventurar a recomeçar um blog, mas lá vou eu, seguir novamente por essa empreitada.
Mas por que "A Casa da Chica Bilota"?
Vocês conhecem aquela história de dar nome aos bois? Pois é, em todo e qualquer texto que me arrisco a escrever, encontro uma dificuldade enorme em nomeá-lo, e após várias tentativas frustadas de dar nome a esse meu boi, eis que meu telefone toca e do outro lado da linha ouço a doce voz (para quem me conhece sabe que estou sendo sarcástica quanto ao doce) da minha linda vóvis (agora não estou porque ela é linda mesmo). Broncas, risadas e cobranças a parte, lembrei da época em que meu tio chamava minha vóvis de Chica Bilota, e o quanto ela detestava o apelido, logo interpretei como um sinal (sinal de raiva, já que tinha tentado tudo quanto era nome e nada estava disponível) e resolvi homenagear a minha amada vóvis e dar nome ao meu boi com o apelido que ela tanto detesta, fazendo um pequeno trocadilho com "A Casa da Mãe Joana" (que por sinal, também estava indisponível).
Lembro como se fosse ontem (olha o papo nostálgico), das aulas da professora Tânia, no ensino médio. A altiva professora, formada em Letras, tinha o rosto e o jeito para ser uma atriz, mas vivia de coisa diversa do mundo artístico, a Tânia do Português (a matéria, não o marido) tinha a missão de ensinar incontáveis turmas de adolescentes a escrever e de despertar o interesse na nossa literatura brasileira.
Naquela época eu já me interessava muito em entender e aprender as tramas do textos, por isso mantinha um diário "importantíssimo", que se não tinha nada de grande no conteúdo (afinal nem todo diário de adolescente pertence à uma Anne Frank), tinha ao menos o poder de me fazer escrever ao menos duas linhas por dia (afinal a vida de uma adolescente não é tão cheia de crises como aparece nos seriados que vemos), todos os dias, sem direito a folga aos fins de semana e feriados. Além de manter meu diário como uma coisa rotineira, desde muito cedo peguei gosto pela leitura (graças ao titio Alexandre), logo tinha paixão pelas aulas de Português e Literatura da Pro Tânia.
Toda semana a Pro nos fazia escrever ao menos um texto, de assunto variado, como prática de redação, tonta do jeito que sou, sempre achei aquela prática a melhor de todas as práticas e pensava: "um dia eu hei de ser uma grande redatora, graças a Pro Tânia." Sei que, ao final do ensino médio, fiz não sei quantas mil redações, não me tornei um grande redatora (na verdade estou tentando me tornar uma boa psicóloga) e até hoje, mesmo com todas as aulas, com todas as dicas de "como nomear um texto" e  todas as práticas, ainda não consigo nomear os meus bois e nem manter um blog por muito tempo.

5 comentários:

  1. Difícil escrever num Blog?Não pra você.
    Jeito simples e sucinto, facilidade em nos trazer recordações, lembrei das minhas "Pro" também.E não tenho dúvida que você vai conseguir sim nomear seus bois e ser uma ótima psicóloga! =)

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  2. Tenho duas coisas a dizer:
    1- Meu amor é um gênio.
    2- Esqueci oq era!

    Sua avó merece a homenagem ela é fantástica e maravilhosa, assim como uma vózinha tem que ser!

    Parabéns pelo bolg lindinha!

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  3. Obrigada pessoas :)

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  4. Fantástico! Carol Adorei!
    Adoro textos, adoro escrever mas nao consegui manter um blog por nem um mês!
    Portanto vou apoiar vc no seu!!!!

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  5. Mesmo não sabendo que você tinha um blog (snif), vou acompanhar..rssss.. Bom o texto, pelo menos servi pra alguma coisa, o seu prazer pela leitura.. e lendo, escrevemos melhor, isso é fato!

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