quinta-feira, 14 de junho de 2012

Ah, Bela Nona!

A pergunta que hoje ronda a minha cabecinha: como teria sido a primeira vez em que ouvi a Nona Sinfonia?
 
Fico muda perante essa obra genial. Que força da natureza humana possibilita a construção de tal obra? Nada pode me dar essa resposta.

Escrita no período romântico, foi a última dentre aquelas compostas por Ludwig van Beethoven. Foi apresentada pela primeira vez em 7 de maio de 1824, no Kärntnertortheater, em Viena, na Áustria. O regente foi Michael Umlauf, diretor musical do teatro, e Beethoven – dissuadido da regência pelo estado implacável de sua surdez – teve direito a um lugar especial junto ao maestro. Esta foi a primeira sinfonia na história a utilizar a voz humana, que figura no quarto movimento, com um coro e quatro solistas, sobre a poesia, modificada por Beethoven, do original de Friedrich Schiller “Ode an die Freude” (Ode à Alegria). Este movimento, assim como uma versão modificada do poema de Schiller, foi escolhido como Hino da União Européia, pela síntese que faz de ideais clássicos ligados ao Humanismo, à Fraternidade, à Liberdade e à Igualdade.
Os sons que ele nos oferece, nos movem a um espaço divinamente inspirado. Essa sinfonia é uma daquelas composições geniais que mexem com a minha imaginação e com tudo o que tenho dentro de mim!

Arrepio-me da cabeça aos pés ao lembrar que divina obra foi construída por uma pessoa surda, e que a ouviu apenas em sua imaginação! Mas para que ouvir, pois tenho a certeza, de que como dois e dois são quatro, que ele a sentiu sair e entrar por cada poro de seu corpo, a percorrer sua pele e seu íntimo, e lhe sendo algo tão particular, sentiu a necessidade de dividi-la com o mundo. Graças!

Alegria, tensão, enfim, um misto de sentimentos compartilhados, sentidos e escancarados aos quatro ventos, enfim, não é algo a se descrever com palavras, e sim de escutar com o coração, como ele tão bem o fez!

Faço-lhes um convite: dêem-se a oportunidade de ouvi-la por completo! Garanto que cada minuto vale a pena, e que não irão se arrepender!


"Abracem-se milhões!
Enviem este beijo para todo o mundo!
Irmãos, além do céu estrelado
Mora um Pai Amado.
Milhões se deprimem diante Dele?
Mundo, você percebe seu Criador?
Procure-o mais acima do Céu estrelado!
Sobre as estrelas onde Ele mora!"
(Trecho do Coro da 9ª Sinfonia de Beethoven inspirado no poema "Ode à Alegria" de Schiller)






 

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